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Paramount faz oferta hostil de US$ 108,4 bilhões pela Warner Bros Discovery


A disputa pelo controle da Warner Bros. Discovery ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira, quando a Paramount Skydance apresentou uma oferta hostil de US$ 108,4 bilhões para comprar a empresa.

🔎 Uma oferta hostil é uma tentativa de aquisição em que uma empresa tenta comprar outra sem o apoio da diretoria ou do conselho da empresa que está sendo alvo. Em vez de negociar "amigavelmente" com os executivos, quem faz a oferta vai direto aos acionistas, normalmente oferecendo um valor atrativo pelas ações para tentar assumir o controle.

O movimento colocou ainda mais tensão sobre um cenário que já estava em ebulição desde a semana passada, quando a Netflix anunciou um acordo para adquirir a Warner por mais de US$ 70 bilhões — uma negociação que mobilizou Hollywood, reguladores e até o presidente dos Estados Unidos.

A ofensiva desta segunda-feira ocorre após meses de tentativas fracassadas da Paramount de conquistar a Warner.

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Desde setembro, o estúdio apresentou várias propostas para formar um novo conglomerado de mídia capaz de competir com gigantes como a própria Netflix e empresas de tecnologia como Apple, que já avançam no setor de entretenimento. Todas essas ofertas foram rejeitadas.

Na proposta de hoje, a Paramount colocou sobre a mesa US$ 30 por ação, acima do valor de quase US$ 28 por ação oferecido pela Netflix na semana passada. O pacote total chega a US$ 108,4 bilhões, ou US$ 82,7 bilhões quando considerada a dívida da Warner.

Ainda assim, mesmo que acionistas se interessem, o caminho não será simples: a oferta deve enfrentar escrutínio intenso de órgãos antitruste, responsáveis por impedir que empresas se tornem grandes demais a ponto de prejudicar a concorrência.

Netflix surpreende o mercado

A reação da Paramount acontece apenas três dias depois do anúncio que movimentou o setor. Na sexta-feira (5), a Netflix saiu vitoriosa de uma guerra de lances que envolveu, além da Paramount, a Comcast.

O acordo — avaliado em US$ 72 bilhões apenas pelos ativos de TV, cinema e streaming da Warner — foi recebido com choque por executivos de Hollywood, sindicatos, cineastas e reguladores nos EUA e na Europa.

A aquisição daria à Netflix um catálogo imenso, incluindo marcas globais como HBO, Warner Bros. Pictures, CNN e Discovery. Para críticos, a união representaria um nível de concentração sem precedentes no entretenimento.

Sindicatos alertaram para risco de demissões em massa e redução de salários. Concorrentes falaram em ameaça ao equilíbrio competitivo no streaming.

Já cineastas temeram queda na produção de filmes para cinema, já que a Netflix privilegia lançamentos diretos na plataforma.

A Netflix, por sua vez, demonstrou convicção: aceitou incluir no acordo uma multa de rescisão de US$ 5,8 bilhões, caso a fusão não seja aprovada por reguladores.

Logotipo da Warner Bros. no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions em Cannes

REUTERS/Eric Gaillard/Foto de Arquivo

*Com informações da agência de notícias Reuters

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